29 de jan. de 2010

Polícia Civil parauara tem novo perfil acadêmico

Pedro Paulo Sousa*

seupedro2@yahoo.com.br

O mais recente recadastramento de servidores da Polícia Civil, realizado pela Diretoria de Recursos Humanos, revela uma nova face da instituição e põe em evidência os papiloscopistas, que surgem com o maior quantitativo de pós-graduados em nível de mestrado.

Atualmente, segundo dados fornecidos pela DRH, a Polícia Civil possui 3.290 servidores. Eles estão divididos em 2.748 policiais, 465 servidores administrativos, 60 ocupantes de cargo em comissão e 17 são de outros órgãos colocados à disposição da instituição.

Em termos percentuais os policiais civis representam 84% do efetivo da instituição. Os servidores administrativos são 14% e os restantes 2% vieram cedidos.

O efetivo policial está constituído de 506 delegados, 1.307 investigadores, 474 escrivães, 195 motoristas, 187 papiloscopistas, 61 auxiliares técnicos e 18 peritos.

Em termos percentuais, temos que o efetivo policial é formado por 48% de investigadores, 18% de delegados, 17% de escrivães, 7% de papiloscopistas, 2% de auxiliares técnicos e 1% de peritos.

Até o momento, atenderam ao chamado para o recadastramento 2.335 servidores, o que representa mais de 2/3 de todo o efetivo. Uma amostra considerável, portanto, do universo de 3.290.

Realizado em 2009, o levantamento revela um novo perfil acadêmico da Polícia Civil do Pará. Tomando-se por base apenas os policiais recadastrados - e excluindo-se os delegados de polícia -, a nova realidade que se apresenta é a seguinte: 33,80% dos policiais civis possuem formação superior, sendo que 31,80% são graduados, 1,71% são especialistas e 0,29 são mestres.

Chama atenção neste levantamento a presença dos papiloscopistas que, proporcionalmente, representam o maior percentual de graduados, bem como o maior número de pós-graduados em nível de mestrado. O dado se evidencia quando é feita a comparação com as categorias de investigadores, escrivães, motoristas, auxiliares técnicos e peritos.

Na corrida por maior qualificação, quando o assunto é pós-graduação em nível de especialização os investigadores estão na frente, mas são seguidos de perto pelos papiloscopistas.

Numa primeira leitura destes dados nota-se que a elevação da qualificação dos profissionais da Polícia Civil está ligada diretamente a dois fatores principais: 1) a exigência, a partir de 2006, de curso superior para ingresso na instituição; 2) a criação da Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública, a RENAESP.

Esta nova e auspiciosa realidade vem, também, acompanhada de uma exigência a mais para a gestão superior da Polícia Civil, que pode se expressar através de uma indagação: como valorizar, motivar e manter no quadro da instituição os seus talentos?

Na atualidade, no campo da gestão, talvez este seja o maior desafio da Polícia Civil parauara. Este é, pelo menos, o nosso ponto de vista.

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* Cursos feitos pelo autor. Graduação: Direito. Pós-graduação: Docência do Ensino Superior e Gestão Estratégica em Defesa Social.

Um comentário:

Anônimo disse...

NECESSIDADE DA INTERIORIZAÇÃO DAS ELEIÇOES DO SINDPOL/PA


Caros Amigos;

Durante os “longos” nove anos que estou na Policia Civil (concurso C 69), tenho percebido a dificuldade de acesso que os sindicalizados do interior encontram quando necessitam do nosso sindicato, ora não é para menos em um estado com dimensões continentais não é mesmo???.
Diante da dimensão geográfica, dos poucos recursos financeiros e humanos do próprio SINDPOL (sindicato dos servidores da policia civil), acredito que a melhor solução seria seguir o que esta previsto em nosso estatuto, e propiciar a ELEIÇÃO NO INTERIOR DO ESTADO fortalecendo a figura do DELEGADO SINDICAL, também já prevista no referido estatuto.
Ao propiciar a VOTAÇÃO NO INTERIOR DO ESTADO, (a priori nas superintendências regionais), possibilitaria a maior integração do sindicato e conseqüentemente de seus servidores, aumentaria a arrecadação, propiciaria a maior articulação nas ações do SINDPOL, elevaria a auto estima do sindicalizado que passaria se sentir mais próximo de seu sindicato e realmente representado, facilitando o acesso ao sindicato através de seu DELEGADO SINDICAL, pois apesar de toda boa vontade ainda não dá para termos pólos regionais como o de Castanhal em todas as demais superintendências, e talvez empeça a proliferação de associações diversas que a principio parecem ser a solução porem mostram-se um problema a mais por enfraquecer o SINDPOL e não ter a representatividade desejada.
Creio que nossos colegas de Marabá, Santarém e demais localidades do interior encontram-se “órfãos” de representatividade, pois apesar de sindicalizados muitas vezes são impedidos de participarem das eleições por não poderem votar no município onde moram ou trabalham, muito menos podendo opinar nas decisões do sindicato.
O delegado sindical, escolhido na própria localidade dentre seus pares, estaria mais próximo dos clamores e anseios dos servidores, podendo com isto encaminha-los ao SINDPOL e cobrar soluções dando uma resposta efetiva aos servidores que trabalham na referida superintendência, a presença física de um representante (delegado sindical) do SINDPOL localidades (superintendências), creio que facilitaria ate no socorro médico ou judicial, bastando entre outras coisas que o delegado sindical tenha um celular funcional mantido pelo sindicato, autonomia de decisão, e apoio logístico do SINDPOL.
Ao consultar o Tribunal Regional Eleitoral, quanto a possibilidade de auxiliar o SINDPOL no referido pleito eleitoral, tive como resposta que é uma pratica comum do Tribunal auxiliar a promoção de eleições de órgãos colegiados e demais entidades como sindicatos que viessem a procurar pelo Tribunal, bastando que a entidade interessada pague o transporte da URNA ELETRONICA, ficando o tribunal encarregado de destacar um funcionário do próprio TRE do município, para RECEBER, INSTALAR, APURAR OS VOTOS, DESINSTALAR e DEVOLVER a urna ao sindicato. Necessitando, porém que haja uma solicitação com no mínimo 60 (sessenta) dias de antecipação.




Belém, 29 de janeiro de 2010.


IPC ENRIQUE RAFAEL BRIA