"Faço o que tem que ser feito"

Não é a primeira vez que leio notícias elogiosas ao trabalho desenvolvido pelo delegado de polícia Ronaldo Lopes e equipe. E talvez não será a última.

Em 2009, quando fazia pouco mais de ano que ele havia saido da Academia, um jornal de grande circulação publicou que cerca de 2.000 pessoas sairam às ruas para impedir que a referida autoridade fosse removida do município de Igarapé-Açu para não se sabe onde.

Liguei imediatamente para o delegado Ronaldo Lopes e o convidei para participar de um seminário sobre Experiências de Polícia Comunitária no Âmbito da Policia Civil, que a Acadepol estava promovendo. Ele topou na hora.

Pedi que ele socializasse o segredo para ter a comunidade ao seu lado apoiando o trabalho da unidade policial. Elegante, ainda por telefone, ele disse que apenas procurava por em prática o que havia aprendido no curso de formação na Academia.

E resumiu o ensinamento da seguinte maneira: "faço o que tem que ser feito".

Agora, o mesmo jornal, na edição desta quinta-feira, 8 de abril, publica uma carta fazendo novamente referências elogiosas ao trabalho do delegado Ronaldo. A carta vai publicada na íntegra:

O DELEGADO E A CADELA

Tomei conhecimento pelo noticiário jornalístico que uma cadela, no munípio de Igarapé-Açu, toma conta dos detidos na Delegacia local, a noite, quando falta efetivo policial para o mister.

De pronto, presumi, ante a singeleza do fato denunciado, que por trás do alarde se encontram certamente interesses pessoais ou políticos, contrariados, pois o objetivo do espalhafato não é o cuidado com os presos, mas atingir o Delegado de Polícia do município e por consequência o trabalho sério, competente, organizado e exercido por ele rigorosamente dentro do lindes legais.

Sendo frequentador da cidade – o que já faço há mais ou menos trinta e oito anos – tenho ouvido das pessoas sérias, pacatas e trabalhadoras, tanto no meio de gente humilde como entre os empresários de forma unânime, elogio ao trabalho do Dr. Ronaldo Lopes, o Delegado do Município. E as loas asseguram a rígida honradez de sua senhoria e evidenciam a tarefa árdua, perigosa e responsável do mesmo, saindo às vezes, na busca dos bandidos sem o acompanhamento de qualquer outro policial.

A cidade passou a respirar o ar de tranquilidade de segurança ante a presença do delegado e do seu estilo de trabalho silencioso, mas muito operante e sempre com êxito. E tanto é certo que o objetivo era denegrir o trabalho do delegado que levar o fato, às pressas ao conhecimento do Excelentíssimo Senhor Secretário de Segurança, mas este, ao ser indagado pelo repórter acerca do assunto, deu uma resposta curta, sutil, irônica e liquidou o assunto com esta frase lapidar: “a cadela foi doada pela população do municipio, e até aqui, com a presença dela, nenhum preso fugiu da delegacia e ninguém foi mordido por ela”. Nada mais firme e definitivo!

Não conheço o sr. Delegado, mas já sei de sua boa fama de homem honrado, trabalhador, honesto e responsável. As críticas e as acusações impertinentes e indevidas continuarão mas, os desgostosos e os insatisfeitos vão enfrentar sempre o apoio ao delegado da gente igarapeaçuense, laboriosa e séria e que constiui um número extraordinário da população. A minoria vai ter que aceitar o delegado e respeitá-lo em seu trabalho.

Continue assim, Dr. Ronaldo e a população vai insculpir o seu nome na história do município. Não se apequene e não tema, Sr. Delegado, pois são homens da sua dignidade, da sua coragem e sua competência que a nossa terra precisa já há muito tempo.

Parabéns, Delegado Ronaldo! Conte conosco!

Raimundo Barbosa Costa
Rua João Balbi, 1177/401
Umarizal - Belém

Fonte: O LIBERAL - ANO LXIV – Nº 32.803 ATUALIDADES – PAG. 9 - BELÉM, QUINTA-FEIRA, 08 DE ABRIL DE 2010